domingo, dezembro 18, 2016

FACEBOOK PODERÁ CONTROLAR USUÁRIOS

O "território livre" da internet, nos sites de relacionamento, começa a ser controlado e em breve poderá limitar a comunicação dos internautas.
Pelo menos é o que está sendo discutido nas redes sociais, onde o sonho de navegar sem limites, entre a liberdade responsável e o abuso do anonimato, vem entrando em conflito com medidas que pretendem garantir segurança, mas que terminam invadindo a privacidade do indivíduo e controlando o conteúdo partilhado nesses espaços.

Uma das novidades é a intenção de um dos maiores sites de relacionamento, o Facebook, de "detectar notícias falsas", adicionando a elas um selo de segurança que vai desestimular a leitura e colocar na "geladeira" (fora da visão no feed) posts considerados maliciosos.

Lamentável! Mesmo porque noticias falsas ou manipuladas não são um artifício encontrado apenas em sites de relacionamento, mas também na mídia que explora rádios, televisão, jornais e revistas.

Por que seria tão dramático para a livre expressão a "detectação de noticias falsas"?

Há dois sérios riscos nessa medida. Primeiro, a interpretação do que seria falso ou impróprio, que fica a cargo de uma misteriosa estratégia do site, onde uma equipe se propõe a rastrear milhares e milhares de postagens que poderiam, em tese, vir de sites maliciosos e espalhar-se na rede como fungos em pão embolorado.

Segundo risco: o uso desse mesmo artifício, para controlar não apenas sites maliciosos, mas qualquer postagem "non grata", ainda que verídica, com qualidade informativa, mas desagradável ao sistema, seja ele do próprio Facebook, seja das pressões exercidas sobre ele.

Em resumo, a pessoa que tem seu perfil no Facebook (e em outros sites de relacionamento, sem grandes exceções) é monitorada não apenas recebendo posts que o sistema do site considera relevante para ela e excluindo outros, sendo bombardeada com anúncios que também são direcionados com base em sua privacidade invadida ( o Facebook  sabe tudo do internauta, assim como o Google e todos os aplicativos que você instala), mas vai ficar sob a tutela do site, que decidirá o que ela pode ver ou publicar.

Em tempos onde o cidadão se considera uma vítima da repressão política, midiática e judiciária, essa ação "colaborativa" de um site de relacionamento como o Facebook é extremamente preocupante e desestimulante para o usuário, que usa esse tipo de recurso justamente para relacionar-se. E relacionar-se sob supervisão ou limitação do site derruba toda a expectativa de liberdade de expressão tão necessária para qualquer atividade humana.

Patrulhar noticias equivale a considerar o internauta incapaz de estabelecer os limites de sua consciência em relação aos acontecimento de sua vida.
Há notícias falsas no Facebook?
Obviamente que sim.

O mundo virtual carrega consigo as mesmas características do mundo imediato, trazendo todas as qualidades e defeitos de seus participantes.
Ao invés de considerar-se o proprietário da expressão de seus usuários, o Facebook e todos os sites de empresas de serviço online e software, deveriam colaborar com as regras que criam os limites éticos no mundo virtual, responsabilizando juridicamente os autores os abusos e crimes virtuais. Não há diferença entre crimes cometidos dentro e fora da internet: são todos crimes ou abusos que podem ser regidos por leis e pelos mesmos tribunais.

Veiculação de notícias falsas nem sempre são feitas maliciosamente, mas os danos acarretados pela má informação podem perigosos. É preciso diferenciar a gravidade na origem. Esse novo sistema de rastreamento do Facebook pode ser muito útil para definir essa origem e para que a Justiça determine se de fato há má fé.
Mas tomar para si a interpretação do que é certo ou errado, entre mais de 1,5 bilhão de usuários (apenas no Brasil são quase cem milhões de pessoas que postam no Facebook) pode ser um risco para a liberdade exigida pelo internauta. Um selo pode ser até admissível, mas o controle das postagens, sua supressão ou a redução de sua circulação, sem notificação ao autor, já envolve questões de ofensa moral e abuso. Do próprio site ao usuário!


quarta-feira, dezembro 07, 2016

O DOMINIO DO JUDICIÁRIO, SEGUNDO A BOCA DO POVO

ÉTICA NOS TRIBUNAIS

Até que ponto um advogado pode atropelar a verdade e o senso de justiça na tarefa de defender seu cliente?
A sequência de julgamentos de casos que movimentam a opinião pública e os novos recursos que permitem ao cidadão acompanhar o teor dos argumentos de promotoria e defesa têm mais do que aspectos positivos, como a conscientização popular de que a sociedade mantém um sistema judiciário funcional.
Demonstra também a necessidade de recuperação da ética nos tribunais pelos defensores.
O maior problema parece ser a falsa impressão de que "vale-tudo" nos tribunais, para acusar ou absolver alguém. O que é apenas uma falha do sistema, que é conhecida popularmente nos embates  ficcionais de bandidos e mocinhos que se enfrentam nas telas de cinema, muito mais do que na literatura, na base de quem pode mais, em uma briga ardilosa que mais do que a busca da verdade e da justiça, parece um jogo.
Essa situação ficou evidente durante o julgamento de Mizael Bispo, acusado de matar Mércia Nakashima. A defesa de Mizael utilizou o que poderia ser considerado umn recurso torpe e artificial  no objetivo de obter atenuante ao confrontar o irmão de Mércia em seu depoimento com uma colocação de que a advogada assassinada seria "garota de programa" porque um dia Mizael visualizou em seu carro um colchonete no banco de trás.
Roger Abdelmassih
O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de cadeia por violentar dezenas de mulheres em seu consultório médico, aproveitando-se de sua vulnerabilidade quando estavam drogradas,  foi abençoado com um habbeas corpus concedidom pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes e fugiu do Brasil, mantendo sua impunidade.                      
Absurdos como estes repetem-se mais do que seria possível admitir. Não são exceção no sistema, são a regra.
O caso de Elise Matsunaga, ré confessa, que matou e esquartejou o marido, mostra outra faceta da disfunção de nossa Justiça : de fato foi considerada culpada pelo júri popular, mas em dois anos poderá gozar da prisão semiaberta.
Crimes com requintes de crueldade e extrema frieza, como de Elize, são beneficiados por penas que não são compatíveis com a ação, graças à artimanhas jurídicas.
A situação tende a piorar, com a politizaçao do judiciário, que segundo denúncias estaria se aproveitando de operações legais para perseguições políticas, que seriam uma nova modalidade da repressão dos anos 60, que sob argumento de combater o comunismo realizava prisões e assassinatos arbitrários.
A população demonstra agora um sentimento que parecia ter ficado no passado, mas que retorna como uma sombra ameaçadora: até que ponto o sistema judiciário brasileiro estaria comprometido com ações que distorcem o verdadeiro sentido das leis?

sábado, setembro 03, 2016

PAÍS EM CRISE DEMOCRÁTICA


Dilma Rousseff, presidenta deposta ´pelo Congresso, anunciou em entrevista coletiva a imprensa internacional que vai recorrer do golpe parlamentar no Supremo Tribunal Federal e fez uma grave advertência a respeito do risco da imprensa comprometida com os grupos políticos, que teria assumido o papel de coadjuvante nas ações que criaram um clima artificial de indignação contra o governo.

Dilma Rousseff citou os quatro grupos de poder da grande mídia, responsáveis pela divulgação de material difamatório,  manipulação da opinião e pela omissão de fatos, com o objetivo de criar um ambiente que "amansaria" a opinião pública para aceitar o golpe parlamentar. A presidenta alertoui a população sobre os riscos de uma midia controlada e considerou que a população brasileira deve avaliat com seriedade a questão.

De fato, depois que o Senado conseguiu o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, essa mídia controladora, pertencente a grupos que participaram do golpe militar de 1964, e que formam as maiores empresas de comunicação de tv, rádio, jornais e revistas, das últimas décadas, não citou mais a questão. Rousseff "desapareceu" dos noticiários e nenhuma dessas empresas de comunicação noticiou opiniões divergentes ou a grande massa de populares que tem tomado as ruas da maioria dos Estados brasileiros,  contra a decisão de parlamentares, pedindo o "Fora Temer", e exigindo o respeito aos votos e à democracia.

São movimentos que não trazem apenas a participação do Partido dos Trabalhadores, ao qual a presidenta Dilma Rousseff pertence, mas de várias tendências partidárias ou apartidárias, que reclamam da ação impositiva do Congresso, atropelando um governo que foi eleito nas urnas, democraticamente, sob alegações confusas, sem respeito à Constituição Brasileira, em meio a muitos discursos que tentaram legalizar a ação.

POPULAÇÃO MOSTRA INDIGNAÇÃO
NAS RUAS E REDES DA INTERNET

As redes sociais ganharam o espaço de divulgação dos fatos e discussão dos acontecimentos brasileiros, que a grande mídia deixou no vazio.
Enquanto os comentaristas e âncoras da grande midia usam o verbo para justificar a ação dos parlamentares, jornalistas livres, imprensa livre das amarras dos grupos politicos e econômicos e população em geral, divulgam os fatos e debatem livremente a questão.
As redes sociais hoje são consideradas o melhor centro de informações, porque permitem tanto a visão conservadora da grande mídia, como a versão da imprensa livre dos acontecimentos.

Através da internet e das manifestações populares, fica bastante claro que não existe aceitação da deposição do governo e muito menos da figura dos que são fartamente considerados "golpistas", como o vice-presidente que foi alçado à presidência, Michel Temer, e dos parlamentares que criaram a versão do impeachment apresentada no Congresso.

A tentativa de "normalização" criada pelo grupo de Temer no Congresso e no governo, que foi totalmente desfigurado imediatamente após afastamento de Dilma Rousseff  no ultimo mês de maio, parece que não está sendo bem sucedida.

Enquanto o ex-vice-presidente, agora no cargo de presidente do Brasil, que viajou para a China imediatamente após sua acelerada posse no governo (realizada na mesma tarde do dia da aprovação do impeachment, com viagem já  programada para a China horas depois), declara a uma distância de 170 mil km do país, que "são movimentos pequenos" as grandes manifestações de brasileiros contra a sua posse, as redes sociais fervilham de frases indignadas e parlamentares considerados golpistas e a a acusação considerada "contratada" para criar o impeachment são acusados em coro por populares em lugares públicos.

Mas a grande midia, como jornais e tv, não mostram nada disso, limitando-se a mostrar a "agenda do presidente Temer",  tentativa de mostrar "absoluta normalidade" e "aceitação total" do brasileiro que reclama a subtração e a anulação de seu voto nas urnas.


FUTURO INCERTO 


Duas reações opostas marcaram o final da votação no Senado, durante o julgamento de um impeachment da presidenta Dilma Rousseff: de um lado, os 61 senadores que votaram a favor exultaram e urraram, arriscando até mesmo a cantoria de trechos do Hino Nacional e uma bandeira que providencialmente apareceu no plenário, sacudida pelos parlamentares.
De outro, o silêncio inicial nas rede sociais, logo seguido de uma revoada de frases indignadas e lamentos pelo que chamaram de "derrubada da democracia".

O mais interessante é que tanto a população, como os senadores, que tentavam mostrar as provas e argumentos de um impeachment sem base jurídica, enquanto outros já estavam prontos e decididos para votar contra a presidente da República, esperavam o resultado, porque os prórpios senadores, antes do julgamento, afirmavam que "ninguém mudaria de ideia" e que o julgamento presidido pelo STF (o que na opinião de alguns parlamentares, daria ao julgamento um "ar" de legitimidade no resultado) era  "mera formalidade", um ritual que antecederia a aprovação do afastamento definitivo de Dilma Rousseff.

No entanto as provas, contundentes, de um julgamento que foi mostrado ao vivo para a população, conseguiram esclarecer que não havia crime de responsabilidade ou motivo para impeachment. A Defesa da presidente foi considerada absolutamente perfeita e baseada em argumentações jurídicas irrefutáveis.
Por isso a votação dos senadores que representavam os interesses de tirar Rousseff da presidência do país, condenando a ré inocente, chocou o brasileiro.

NAS REDES SOCIAIS, A OPINIAO DOS POPULARES


"Para os amiguinhos que bateram palminhas para o impeachment e continuam acreditando que "primeiro foi a Dilma, depois será o Temer". Sente aqui, no colinho do tio, e escute: Em algum momento, o TSE julgará a ação do PSDB que pede a impugnação do Temer. Tá conseguindo acompanhar? Mas não será este ano, o que levaria a novas eleições. Tá entendendo? Tio explica: porque o PSDB tem divisões internas e não possui um candidato competitivo.Se Temer fizer um governo que agrade ao mercado e não leve a cabo todas as maldades anunciadas, o Meirelles, aquele carequinha que você acha simpático, será o candidato com grandes chances. O PSDB ficaria mais seis anos longe da presidência. Então, coxinha do meu coração, o mais provável é que a ação seja julgada no próximo aninho. Aí, amiguinho, o Congresso elegeria o presidentinho. Tá difícil de entender?" ( textos irônicos em repúdio aos populares que argumentaram que "tem de tirar o PT do poder")

"(...)o comportamento desse senhor não inspira confiança, rs. Ele foi muito "adjetivado", de traidor a oportunista, de covarde diante das vaias, a informante da Cia. O problema é o seguinte: o PSDB sabe disso e aposto que vai dar um chute no traseiro de Temer assim que esse ato não ocasionar novas eleições. Há quem aposte que sera no ano que vem, ou no finalzinho do ano. (....) Sabem como os senadores do PSDB distorcem tudo com a cara de indignados e a prepotência dos costas-quentes. Aécio (Neves, PSDB) quer a todo custo o cargo(...)"

 "(...)A unica alternativa a esse caos nacional seria a ação da Justiça correta, reta e imparcial, do Supremo, para corrigir o golpe parlamentar e restituir o cargo a Dilma Rousseff, usurpada politicamente e não por crime de responsabilidade, como prevê a Constituição."

No Twitter, entre incontáveis críticas aos
parlamentares e à Temer, que assumiu-se
contra a presidenta Dilma Rousseff
"você acha que alguém será eleito sem o apoio do PMDB? Mas não pense que será necessariamente o tio Serra ou o tio Alckmim. O PMDB do tio Renan pode indicar alguém do próprio partido. E se o Temer fizer um péssimo governo, o que acontece? Meu pequeninho, o PSDB não vai querer ficar associado a ele. Quem sobra? Aquele barbudinho que você odeia. Mas fique tranquilo, exatamente por isso a TV Globinho e tio Gilmar farão tudo para que ele seja preso e fique inelegível. Quem sabe assim os tucaninhos conseguirão voltar à presidência em 2018. Mas, meu revoltadinho on-line, para que isso ocorra ele terá que ser apoiado pelo Moreira Franco, pelo Jader Barbalho e, lógico, pelo Tio Renan."

 "(...)Não podemos interpretar o que está acontecendo como retrocesso, porque em cada golpe sofrido por esses interesses, as "forças ocultas", o país se reergueu das ditaduras e do conservadorismo que vendia as suas reservas e foi caminhando em direção à democracia, que ainda não é plena, já que sofremos golpes(...) Mas a politização do brasileiro melhora a cada golpe e hoje até a mídia comprometida, que manipula a informação, está perdendo a credibilidade".





(...)Com a PM nas ruas obrigando o povo a correr e perder o grupo não da pra ter esperança de que esses golpistas saiam do poder, c...., eles usam violência(...) (Há filmagens e fotos que mostram a tropa de choque cortando as manifestações e dispensando as pessoas, que depois de isoladas sofrem agressões)

...)Ouvi sons de bombas, vindos de perto da Praça Roosevelt. Ainda estavam longe. Olhei para o amigo que estava comigo e disse: "Hugo, tenho medo." Vou sair antes que piore. Estávamos no meio de um quarteirão grande. Achei a rua mais perto, que não estava tão pe"rto assim. Eu teria que voltar para trás. Subir uns bons metros da Consolação. Subimos juntos, andando rápido. As pessoas que antes gritavam e andavam descontraídas já reagiam ao som das bombas que vinha de baixo.(...) (relato de uma advogada e professora, que como a maioria dos manifestantes não conhecia a repressão a manifestações, que aconteceu no golpe militar de 64 e retornou agora em São Paulo, sob governo do PSDB)
Indignação popular nas redes, diante do uso do
jornalismo por um tipo de midia de baixa
qualidade de informação, voltada para a
manipulação dos fatos e incentivo à violência.
Mídia sem ética, a favor do golpe parlamentar


E complementa
"Eu quero viver em um País em que a polícia não trate de forma tão diferente duas manifestações de rua. Eu quero viver em um país em que a mesma Constituição que protege a manifestação política dos dias 16-17 de março seja capaz de proteger a manifestação do dia 31 de agosto. Eu quero que meus sentimentos de injustiça e de falta de democracia parem de crescer". (referência a manifestações que pediam fim da corrupção, que ao contrário das manifestações contra o golpe foram foram fartamente mostradas pela grande midia da tv e jornais dos grupos apoiadores do golpe parlamentar como  "descontentes com o governo" (descontentamento utilizado como argumento aos construtores do impeachment) e tiveram ampla liberdade para manifestar-se e utilizar material ofensivo ao governo Dilma Rousseff, sem interferência da policia)





terça-feira, agosto 30, 2016

VERGONHA MIDIATICA E GOLPE

As redes sociais tornaram-se uma opção para quem deseja checar informações da grande midia e pouco a pouco estão substituindo os jornais e televisão para quem deseja boa informação. Isso porque na televisão a maior parte das emissoras e seus jornais repetem a mesma estratégia política de defensores do impeachment no Senado.
A força das redes sociais na informação é tão grande, que a grande midia criou páginas divulgando seu trabalho. No ambiente das redes, profissionais de jornalismo e a imprensa independente disputam a confiança dos internautas na informação. A liberdade na abordagem dos fatos, sem as amarras das redações convencionais da grande mídia, tem alçado para o universo dos leitores novos sites e blogs independentes.

Os comentaristas, âncoras, ate repórteres, poderiam substituir Caiados e Ana Amelias em suas cadeiras no Senado, ja que refinam as mesmas palavras, decerto inseridas em uma espécie de "bíblia do impeachment". Ouvir esses parlamentares pro-impeachment e as emissoras de tv e jornais equivale a uma lavagem cerebral: repete, repete, repete, argumento igual e cansativo.
Esse vergonhoso dominio da comunicação da massa encontra algum alivio nas redes sociais, que tornaram-se propagadoras dos fatos.

E verdade que nem tudo que e divulgado tem procedência. A grande mídia comprometida politicamente e grupos criados por partidos que desejam o poder na construção de um impeachment, também invadem esse espaço.
Mas como tudo tem duas faces, os internautas estão aprendendo a procurar informações e separar o joio do trigo, na profusão de informação, que e muito melhor para esclarecer fatos, do que uma única versão dos comentarista políticos da grande mídia.

Quanto as criticas ao julgamento, parece que o cidadão ainda considera que vale a pena. Por mais que os senadores que criaram o impeachment afirmem que a opinião ja esta feita, e que nada ou nenhum fato vai modificar o voto (o que e obvio, em um processo que não pretende ser justo, na mira do poder) e que se diga que é apenas um ritual, os momentos tem sido de extrema utilidade para a população formar a sua opinião e conhecer os políticos e suas ideias, as artimanhas e a hipocrisia imensa que cerca as ações parlamentares.

Ou seja, o julgamento pode não servir para a justiça que impediria o impeachment e pode de fato caracterizar-se como golpe. Mas serve como uma verdadeira aula política, onde se aprende não apenas como se processa a administração de um pais, como funcionam as instituições e os poderes e ate onde vai a distorção da Constituição Brasileira e das leis, na boca de sofistas profissionais em seu  embate com a lógica democrática.

Na depoimento da presidenta Dilma Rousseff, que permaneceu por mais de 15 horas respondendo perguntas e expondo a sua defesa, houve um avanço monumental na opinião da população, que ainda tinha duvidas de que o Brasil corre o risco de um golpe.

E isso que mostra o estouro dos comentários nas redes, que repetem a lógica citada diversas vezes pela presidenta, diante da repetição dos argumentos pro-impeachment, que desprezam aspectos legais do processo. "Se houver impeachment sem crime de responsabilidade, é golpe!"
Nao adianta ficar repetindo que a terra e quadrada!
Tampouco dizer que ao defender publicamente a sua inocência em um julgamento no Senado, a presidenta Rousseff estaria "compactuando com o golpe".
O golpismo, de fato, tem poucos argumentos e deve apegar-se a sofismas, como carrapatos do poder.

O golpe ainda nao existe. Mas de fato, se não houver respeito a Constituição Brasileira e desprezo as leis que comprovam, exaustivamente, a ausência de Crime de Responsabilidade,  o impeachment será  interpretado como golpe, não pelos senadores ansiosos por ele, mas pela população brasileira e pelo mundo.

Veja também        https://www.youtube.com/watch?v=tQ3OPYcWY30

Este comentário, também internacional, escracha de vez com comentaristas da Globo:
https://www.youtube.com/watch?v=E-VpW3FkDvs

sexta-feira, agosto 26, 2016

PODEMOS DESTITUIR SENADORES?

Caiado e Lindbergh, em campos opostos, o primeiro
desejando o impeachment
e chamando a todo instante o julgamento de "chicana",
 reclamou
 que a defesa pretendia "ganhar tempo", esbravejou
exigindo que se passasse logo para o "sim ou não"
e irritou o  plenário,
conseguindo tumultuar o julgamento presidido pelo ministro do
Supremo, Ricardo Lewandowski, pouco habituado aos vícios
e exageros ofensivos do discurso
parlamentar
No segundo dia do julgamento no Senado, diante de provocações de senadores que desejam o impeachment,  aos defensores da presidente Dilma Rousseff, a transmissão ao vivo foi bruscamente interrompida e um aviso surgiu na tela da TV Senado "A TV Senado interromperá sua transmissão de 26 de agosto até 2 de setembro"...
O que foi isso? 
Rapidamente o aviso foi substituído e sumiu da tela. 
O que aconteceu? 

Esse aviso já estaria programado? Boatos (meros boatos) dão conta de que a estratégia dos senadores que desejam o impeachment da presidente da República seria a de evitar a transmissão ao vivo do julgamento, devido ao fato da defesa de Dilma Rousseff argumentar com maior propriedade do que se esperava, reduzindo o poder de fogo dos senadores da acusação.
Com efeito, acompanhar o julgamento é uma lição de cidadania...e da constatação do despreparo ou do mau hábito do poder de muitos politicos que vagueiam pelo Congresso décadas a fio, sem o crivo popular a suas ações.
Um presidente da República pode ser ofendido em plenário, como os brasileiros constataram em votações na Câmara dos Deputados e no Senado.
Mas senadores que cometem erros não podem ser criticados por seus pares, nem testemunhas de acusação podem ser contestadas, ainda que a lei assim determine. 
Esse "poder paralelo" no Congresso ficou bastante óbvio desde a vitória da presidenta Dilma Rousseff nas urnas, no último pleito. Aécio Neves (PSDB) declarou, publicamente, que "Dilma não conseguiria exercer o seu mandato".
Na Câmara dos deputados também havia a ameaça no ar, ratificada pelo presidente da Casa, hoje afastado por corrupção, Eduardo Cunha.

Há tantas criticas aos  parlamentares brasileiros, principalmente aos senadores que tentam criar condições para o impeachment que é difícil resumir todos os argumentos. Uma realidade parece clara: o brasileiro que acompanha o julgamento no Senado Federal está surpreso com a péssima qualificação de grande parte dos senadores.
O que levanta a dúvida: os senadores que não demonstram qualidade parlamentar e repetem os mesmos argumentos ( os mais criticados nas redes sociais são Ronaldo Caiado, Alvaro Dias, Ana Amelia, Agripino Maia, entre outros) poderiam ser destituidos pelo voto popular?
O que se espera de um parlamentar? 
A defesa da democracia e dos interesses populares. 
A maior parte das criticas diz respeito à ausência de argumentos e excesso de distorção  dos fatos. Ou seja, excesso de retórica da parte dos parlamentares pró-impeachment e poucos argumentos válidos para toda essa convulsão nacional e internacional. 
Esse comportamento irrita, principalmente, as pessoas que tem noções jurídicas e avançam na politização, conseguindo interpretar as manipulações nos discursos.

Vamos a algumas das reclamações publicadas nas redes sociais:

"(...)Eu só sei que é muito diferente o comportamento dessa gente do PSDB e de partidos que querem dar o golpe quando a presidencia é de um Cunha ou um Renam com esse julgamento agora que é presidido por quem conhece lei (referência ao ministro   Ricardo Lewandowski)".

"Tem de colocar pra fora esse Ronaldo Caiado, que inferno (...) e a falsidade desse Alvaro Dias?(...)Quem são os f... que votaram nesse tipo de gente para comandar (sic) o país "

"(...) Tô lavando a alma!!!Esses parlamentares que honram o pais dando uma lição nesses que tentam dar um golpe, c.., tô amando esses que defendem a Dilma, eles falam aquilo que a gente sente e não  tem como falar, c...(...)"

"Me dá nervoso essa palhaçada toda (...) esses caras do impeachment só ficam provocando a defesa da presidênte(..)"

"No entanto é um momento onde todos podemos constatar a grande mediocridade desses parlamentares pró-impeachment e a qualidade ética dos parlamentares que defendem a democracia"

"É muita verdade junta para esse Senado corrupto (sic). Mas senador indeciso para mim não existe, querido. Estamos na autêntica republiqueta das bananas, o mundo sabe que é golpe. (...)"

"(...) Porque quem ainda achava que esses jornais da TV eram imparciais, agora calam a boca, todo mundo viu como esses do impeachment provocaram e ofenderam a defesa da presidente, que na minha opinião é defesa do país e esses sem vergonhas da midia torceram dizendo que quem provocava os senadores do impeachment era defesa, que f...(..) Maravilha esse negócio de ver quem é quem e que b....  de imprensa a gente encontra com esses comentaristas safados e comprados(...)"

Esses comentários se repetem direto nos grupos das redes sociais, Facebook e Twitter.

DIREITO DO CIDADÃO EM DESTITUIR UM SENADOR 

O que começa a ser ouvido com mais frequência, desde que a discussão sobre um impeachment presidencial acirrou-se, é a seguinte pergunta: o cidadão brasileiro pode requerer a destituição de um parlamentar, vereador, deputado ou senador, baseado em incapacitação ou má conduta, ou abuso de sua função?

Em tese, sim. Desde que haja motivo, um simples cidadão pode requerer essa destituição do cargo de um parlamentar. Por exemplo, a questão do decoro parlamentar. 
Se houver comprovação de que um senador ofendeu a presidência da República ou desmoralizou o voto popular em um regime democrático, o processo popular para destituir o cargo de um parlamentar pode ser iniciado.
Isso está previsto na Constituição Brasileira.O parlamentar faltoso, que não comparece e não trabalha, afetando o quorum para votações de interesse do país, também pode dar motivo para ser destituido de seu cargo.
Abuso das prerrogativas asseguradas,percepção de vantagens indecidas, são procedimentos incompatíveis com decoro parlamentar. 
Por que? 
Porque o parlamento é uma instituição de representação popular e o sujeito não pode, ao ocupar uma cadeira no legislativo de qualquer instância, fazer prevalecer a sua vontade, em detrimento da população.


POLITICA E "VINGANÇA MALÉFICA"


O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento de Dilma Rousseff, não aceitou a pressão de senadores habituados a imperar no plenário, sem respeito à lei.
Claramente, explicou que não iria permitir desordem e agressões, porque neste instante o plenário do Senado está sendo utilizado como Tribunal. E isso deveria ser respeitado.
Fosse pelos senadores da defesa, fossem pelos que desejam o impeachment.
Não é que a mídia dominada já começou a publicar matérias contra o magistrado, para pressiona-lo. E senadores emburrados, pró-impeachment, sairam do plenário, como se fosse assim tão fácil aplicar um golpe de Estado?
A sociedade deve prestar atenção a esses senadores que não respeitam a lei e a ordem, habituados a fazer o que bem entendem, considerando-se protegidos por "forças ocultas".
Poucas horas atrás, José Eduardo Cardozo, ministro da Advocacia Geral da União, havia comentado que a defesa deveria suspender uma das testemunhas, com receio da violência verbal dos senadores da acusação. "A vingança na política é maléfica".(publicado em rede social)

DESPREZO PELA VERDADE

 A prova de que o impeachment é um artificio programado é o fato da ausência dos pro-impeachment no julgamento que está acontecendo no Senado.
A ideia é a seguinte: somos maioria de voto, então não precisamos ouvir nada, se é justo ou não não importa. 
Foi exatamente isso que senadores como Alvaro Dias confirmaram, logo na manhã do segundo dia do julgamento. "É só ritual, já temos o voto decidido" disse ele aos reporteres da TV Senado.
Esta tudo decidido? 
Quanto desrespeito ao país!
Quanto desprezo ao cidadão brasileiro!
Enquanto isso pessoas ilibadas e chamadas para testemunhar, estão cumprindo o seu papel honestamente e explicando exaustivamente porque não houve crime da presidente Dilma Rousseff e que a democracia precisa ser preservada.
A resposta é simples: não é possivel um impeachment por falta de crime. E se houver golpe, quem deve ser penalizado não é a presidenta, mas esse grupo de parlamentares que abusam do seu poder.

quinta-feira, agosto 25, 2016

O BRASIL E O SENADO DA INQUISIÇÃO

Eduardo Cunha, então presidente da Cãmara Federal,
foi o responsável pela abertura do processo de impeachament
contra a presidenta Dilma Rousseff, com base em um
pedido de três pessoas, de teor muito discutível. Qualquer
cidadão pode pedir um impeachment de prefeitos,
governadores, legisladores e presidente da República.
Mas a aceitação é basicamente politica e não necessáriamente
técnica. Como Cunha foi afastado por corrupção, assim
como mais da metade dos legisladores, o impeachment passou
a ser considerado um golpe branco de Estado, inclusive pela
imprensa internacional.
O cidadão brasileiro está embasbacado! O Congresso brasileiro permitiu um sistema semelhante ao da Inquisição, quando os julgamentos tinham como finalidade apenas a fogueira.
Nos tempos da Inquisição, qualquer cidadão que contrariava o poder da época, infiltrado na Igreja, era preso, torturado e queimado, depois de um julgamento puramente "formal". 
É o que acontece no Brasil, com senadores de partidos poderosos em quórum em plenário, mas fracos demais para suportar os votos de uma eleição democrática para a presidência do país.
Os próprios acusadores são claros em seus discursos. "O julgamento é mera formalidade, porque o destino da presidente Dilma já está selado". Estas palavras, com algumas variações, foram repetidas pelos senadores ávidos pelo impeachment.
Quer dizer que não há necessidade de julgamento?
Quer dizer que se existe ou não base para um impeachment, não importa?
Assim era na Inquisição! Ao ser considerado impróprio aos interesses dos grupos de poder, o cidadão já era preso com condenação prévia à fogueira.
Qual intenção se esconde atrás desses grupos de poder no Congresso e fora dele, que criaram um processo estranho e mal articulado, embora estratégicamente aplicado, 
"Este Congresso não tem moral para julgar a presidenta da República". Com esta frase a senadora Gleisi Hoffmann resumiu bem a situação, durante o primeiro dia de julgamento do impeachment no Senado Federal.
A declaração causou furor em plenário. Por que?
Porque a maioria dos senadores que são a favor do impeachment, coincidência ou não, possuem graves denúncias de corrupção. São de vários partidos, mas mais marcadamente do PSDB, Dem e PMDB. 
Este julgamento, de fato, é histórico, porque está provocando uma situação inusitada no Brasil: mostrar que parlamentares podem ser corruptos, frágeis e desrespeitosos à Constituição e à leis. 
Também podemos observar algo muito importante: a qualificação dos nossos legisladores para o cargo que ocupam. 
A defesa de Dilma Rousseff está demonstrando extremo respeito e cuidado com a ética e a lei. Já os defensores do impeachment mostram abertamente o despreparo  dos nossos legisladores, sem argumentos, mas com grande capacidade de distorcer as leis. "Cometeu crime e pronto, acabou" dizem eles.
Imagina se a "justiça" da Inquisição realmente tomar espaço no mundo atual! 
Um aprendizado para o povo brasileiro. Crianças, adolescentes, jovens, adultos, todos deveriam observar o que é a democracia e o que é a tentativa de burlar o Estado de Direito.

DUVIDAS E OBSERVAÇÕES DO CIDADÃO

1- Uma coisa é a denúncia, outra e a aceitação da denúncia, pelo Eduardo Cunha, COM INTERESSES ÓBVIOS DE FREAR AS INVESTIGAÇÕES CONTRA A CORRUPÇÃO.
Os brasileiros leigos, mas não desprovidos de ética e bom senso, perguntam:
"Quer dizer que qualquer governante eleito democraticamente pode ser afastado e impedido de exercer sua função, por aqueles que foram derrotados nas eleições?"

2- Por que motivo a oposição ao governo e aliados do impeachment insistem em repetir, como papagaios, que a defesa estaria "atrasando" o julgamento?
"Estamos aqui há uma hora"
"Estamos aqui há duas horas"
Estamos aqui há três horas"
Parece que de hora em hora alguém pró-impeachment, como Agripino Maia do PSDB, vem reclamar que "estamos caindo na isca da defesa"...Mas um julgamento não é justamente tentar provar a inocência do acusado? 
Votar "sim ou não" não é tribunal de inquisição ou displicência com a verdade?

3- Pergunta importante: Por que os defensores do impeachment não querem que a Defesa da Presidenta Dilma Rousseff tenha amplo direito à palavras?
Qual o interesse de parlamentares que desejam o impeachment em acelerar ao máximo o julgamento e sagrar o presidente interino Michel Temer presidente da República?

4- O próprio presidente interino teria declarado que precisa "representar oficialmente  o país", mas receia as denúncias de corrupção que pesam contra ele e que seriam blindadas, se assumir logo o cargo de presidente da República.

5- Não é pouco ético e revelador que um vice-presidente envolvido com parlamentares ligados ao impeachment, exercendo o cargo de presidente interino, planos futuros, mude todo um ministério  e toda uma politica administrativa e diplomática, antes de um resultado do julgamento da presidente da República?

6- "Ficar aqui alegando que a defesa esta promovendo chicanas, protelação...por favor, não façam isso. A questão de ordem é de conteúdo puramente técnico", alertou  a senadora  Fátima Bezerra .
O julgamento de uma presidente eleita não pode ser tratado com negligência e ser baseado apenas na vontade de algumas dezenas de senadores, que afinal, individualmente, receberam seus cargos com pouquíssimos votos, diante da votação individual de Dilma Roussef, com mais 56 milhões de votos..

7- Se todos concordam que Dilma Rousseff não cometeu crimes, por que alguns senadores pró-impeachment insistem em gritar que ela é criminosa?

8- Por que motivo insistem em abolir a "Questão de Ordem"? Por que insistem que ao trazer elementos que comprovam a ausência de motivos legais para o impeachment, "provocam atraso no julgamento"?
Até que ponto essa tentativa de minimizar a importância de um julgamento fundamental para o  país e seu futuro democrático,  pode realmente confundir o cidasdão que acompanha o fato ou, pelo contrrário, provar que o impeachment foi construido como manobra para tomar o poder?

9- Qual será o custo politico para os parlamentares que insistem em promover um impeachment sem argumentos válidos e de fato determinantes, diante de tantas contradições?

10- Não é estranho e antiético o Senado apoiar aumentos de salário para o Judiciário (que iria para aproximadamente 40 mil reais para os ministros do Supremo, mas que causariam um efeito cascata de grande impacto nas contas publicas) em meio a essa conturbada tentativa de impeachment, acusada de não ter base real para um processo tão importante para o país e sua democracia?


sábado, agosto 20, 2016

VISÕES DO JOGO DO "IMPEACHMENT"

Neste relato, o juiz Moro entra como personagem conhecido dos EUA, como peça de um jogo para derrubar o governo brasileiro.

https://www.youtube.com/watch?v=JqLK6dD1_kU







Aqui a denúncia é a de que as reservas brasileiras, como a Petrobrás e o Pré-Sal, motivariam a tentativa de derrubar o governo Dilma Rousseff, com interesses predatórios de grupos estrangeiros interessados na exploração dos recursos.

https://www.youtube.com/watch?v=8LwhvPGm9Ro&spfreload=5



E imprensa internacional, em peso, critica a ação do Congresso Brasileiro, reconhecendo que não há de fato qualquer crime que justifique um impeachment.
A tal ponto que os parlamentares brasileiros são citados com ironia e avaliados como golpistas em jogo puramente politico.

https://www.youtube.com/watch?v=h6CQp75Gq_s



sexta-feira, agosto 12, 2016

Um mundo sem regras e sem destino

Um mundo sem regras, sem respeito à cidadania, com leis distorcidas e uma espécie de "vale-tudo" nas mais diferentes áreas da atividade humana e produtiva de um país...
 Seria possível viver assim?
Aos defensores da anarquia, convém lembrar que esse mundo sem regras não é puramente baseado na liberdade, mas ao contrário, absolutamente preso à servidão e a imposições que mascaram a ilegalidade de um processo.
Imagine esse mundo, onde cada um faz o que quer e a hora que quer, movido unicamente pelo seu conceito de necessidade individual!
O cidadão seria uma espécie de peça descartável, exposto a toda sorte de agressões externas.
Sem direitos e possibilidade de projetar o futuro.
A criminalidade dispararia a um nível insuportável.
O setor produtivo sofreria todos os revezes ocasionados pela ausência de ordem.
A Saúde seria como uma roleta russa: sem garantias éticas, morais e competência, onde um cirurgião poderia atuar ao lado de um açougueiro.
Esse país teria um sistema judiciário obsoleto e a "mão da justiça" seria entortada contra cidadãos de bem, privilegiando os verdadeiros corruptos.
O país oscilaria em  sua soberania e ficaria à mercê de predadores, como  a antiga colônia ameaçada pelas invasões de outros conquistadores.
Falamos de uma decadência dos direitos, que pode acontecer mesmo com um poder centralizado ou justamente por causa de um poder centralizado que objetiva o caos social.
O que vem ocorrendo no país, com um Congresso povoado de parlamentares sem ética ou respeito às leis constitucionais, movidos por meros desejos políticos, cria esse estado de desordem.
É importante lembrar que o respeito às leis, à Constituição e à ética é um processo contínuo e não automático. Depende de vigilância constante e exemplo dos governantes e legisladores, e de um Poder Judiciário forte e honesto em sua imparcialidade.
Até que ponto esses parlamentares, que seriam teoricamente guardiões do país e do respeito ao cidadão, podem atuar como vilões grosseiros, comandados por interesses  que, a médio e longo prazo, causarão danos irrecuperáveis aos brasileiros?
É essa a pergunta.
Se um parlamentar não cumpre com sua função, deve perder o direito ao mandato.
Não importa se é um parlamentar ou 80 parlamentares, ou 200 parlamentares. O número não vem ao caso, mas sim a ação prejudicial ao país.
Supomos, portanto, que senadores que atuam contrariamente à democracia ou assumem uma postura que venha a ser prejudicial ao país, sejam punidos com a perda de mandato.
E que parlamentares que tenham se envolvido em atos corruptos comprovados ou indignos de sua função, que deve ser sempre em beneficio da coletividade e nunca a favor de sua pessoa como individuo,  sejam duramente punidos, politica e criminalmente.
E que magistrados que cometam abusos de poder, sejam também punidos, assim como magistrados que se omitam em punir as injustiças e proteger a soberania do país e o cidadão brasileiro.
Seria essa a resposta?




quarta-feira, junho 08, 2016

INFORMAÇÃO E PODER

É compreensível que muita gente se deixe levar pela grande mídia, que mantém a dualidade da qualidade de programação, com a manipulação dos fatos e a distorção da realidade, com finalidade polítiica.
Mas é preciso entender que toda e qualquer forma de entretenimento ou informação, pode servir à manipulação e à desinformação.
Hoje é a tv, com canais abertos ou assinados, os filmes que trazem comandos embutidos e subliminares. Antigamente era a atraente Hollywood, e as rádios e jornais.
Há uim dado interessante e muito relevante para ilustrar essa questão histórica do domínio das massas no século XX, na era das grandes conquistas tecnológicas bélicas.
O nazismo usou o mesmo subterfúgio de dominio da informação.
"Quando Hitler assumiu o poder, em 1933, os nazistas controlavam menos de 3% dos 4.700 jornais alemães. A eliminação de sistema político multi-partidário não apenas levou ao fim de centenas de jornais produzidos pelos partidos destituídos, mas também permitiu que o estado confiscasse gráficas e equipamento dos partidos Comunista e Social-Democrata, que com frequência criticavam diretamente o Partido Nazista. Nos meses seguintes, os nazistas estabeleceram o controle e passaram a exercer influência sobre os órgãos da imprensa independente. Nas primeiras semanas de 1933, o regime nazista posicionou o rádio, a imprensa e os curtas-metragens para provocar o medo da iminente "ascensão dos comunistas" e depois canalizou a ansiedade do povo através de medidas políticas que erradicavam a liberdade civil e a democracia." (Enciclopédia do Holocausto)
O que diferencia essa estratégia de domínio da midia, da nossa realidade de hoje?
Nada, considerando que a receita é a mesma de sempre. No entanto havia quase que absoluta ignorância popular, por dificuldade de obter a informação e discussões sobre os fatos.
Hoje existe uma condição, ainda que parcial, de acessar outras fontes de informação descompromissadas com o poder politica e econômico, que é a internet.
Pelo menos 50 por cento das pessoas hoje tem condições de acesso à internet.
Da mesma forma que todo e qualquer canal de informação, a internet serve à gregos e troianos, obrigando o cidadão a pesquisar mais, quando busca a verdade na versão dos fatos. Mas existe ai a inegável vantagem de mostrar todos os lados das intenções das publicações, ao contrário do esquema TV, rádios e jornais pertencentes a empresas que manipulam exclusivamente o interesse de grupos, em detrimento da verdade dos fatos.
Na Alemanha do século passado, todos sabiam que a informação era dominada pelo partido nazista. Da mesma forma que assim foi no período da ditadura militar no Brasil, que dominava a imprensa sem comprometimento com a força da censura.
Qual o resultado?
"No dia 14 de abril de 1943, escrevendo em seu diário sobre a guerra que o governo nazista fazia contra a liberdade da imprensa, Joseph Goebbels, que havia sido jornalista, escreveu: "Qualquer homem que ainda tenha um resíduo de honra tomará todo cuidado para não se tornar jornalista".
Hoje o jornalismo brasileiro sofre pressão parecida. Quem é jornalista de verdade? Aquele que repete textos previamente decorados nas salas politicas e nos bastidores do poder economico, cercado de grandes cenários e figurinos, ou o profissional que tenta informar os fatos sem amarras e com base na ética profissional, na simplicidade de blogs e sites na internet?
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terça-feira, maio 17, 2016

SERVE QUALQUER GOVERNO?

"Voces leram na internet a denúncia do impeachment? Os relatorios do TCU? O enunciado da LRF?(...) Será que basta alguém se DECLARAR de esquerda para acreditar q a pessoa é "do bem", protetora dos pobres e da justiça social e que se torna santa, impoluta, infalível, inquestionável? "  (anonimo, SP)

"Petralhas tem de sair, viva Temer" (Gerson Garcia - Campinas)

"(...)Não entendo direito tudo que esta acontecendo (...) Tanto faz quem governe (...)esse negocio de direita e esquerda é maus" (Douglas Máximo, universitário, São Paulo).

Respostas difíceis, em uma epoca onde existe a confusão na informação e onde os jornalistas se dividem em duas categorias: jornalistas que procuram relatar os fatos e opinar através dessa ótica, sem menosprezar a ética, e "jornalistas" da grande midia, que decoram os textos dos patrões, independente de sua veracidade e honestidade intelectual.

O que é "esse negocio de esquerda e direita"? Como nao somos uma população suficientemente politizada, esses termos parecem restritos à Ciência Política. 
Isso porque não é possivel encaixar ideologias e conceitos em duas caixas. Precisamos de muito mais. Em todo caso, convencionou-se que esquerda reflete o pensamento de quem defende maior justiça social, Seja na democracia ou em outras ideologias, com variações bem grandes de partidos e doutrinas.

Já direita ou extrema direita são  conservadoras, pretendem o capitalismo como base de uma pirâmide, onde a massa trabalhadora tem um papel definido. Aqui se misturam diversas direitas, inclusive o ditatorialismo e o fascismo também fazem parte.

Essa diferenciação em duas posturas politicas hoje parece inadequada, porque resume muito as ideologias. Nos tempos da Revolução francesa estavam adequadas, sendo criadas justamente para definir a burguesia e o clero e quem pretendia mudanças sendo também burguesia, com o povo. Direita e esquerda!

Concordamos todos que o fato de uma pessoa ser de esquerda, não é garantia de idoneidade moral ou sinceridade ideológica.  Podemos, em contrapartida, também arriscar a afirmação de que muitas pessoas que apoiam ações que nao são legais, da direita ou extrema direta, do ponto de vista constitucional,  não sejam monstros marginais. São pessoas comuns, com acesso reduzido aos fatos ou com tendência a omitir-se, evitando problemas, que acabam fortalecendo ações irregulares ou anti-democráticas. 

Esse tipo de situaçao confusa é explorada por grupos que foram perdendo o poder de decisão ao longo das ultimas décadas. Grupos que querem retomar o poder sem arriscar o momento nas urnas, já que perderam nas eleições.

O leitor Gerson, em sua desastrada opinião, resume em um termo a confusão de pequena parte da população: refere-se a "petralhas" um termo estimulado pela antiga oposição ao governo Dilma, durante a disputa eleitoral e fartamente utilizado por fakes e cabos eleitorais na campanha de Aécio Neves, do PSDB, em 2014. 
Um termo sem nexo, porque apesar das tentativas da oposição e da midia comprometida, não houve comprovação de que o Partido dos Trabalhadores ou o governo de Lula e Dilma, em denuncias fartamente publicadas, fosse corrupto ou mais corrupto que qualquer outro partido.
Mas "petralha" demonstra a raiva de quem considera avanços sociais como perda de poder economico da classe media e rica. Um engano que pode custar muito ao país.

Hoje, com o governo interino de Temer, que reune PSDB, PMDB, Dem e PP, todas as  denúncias de corrupçao graves que a grande imprensa não mostrou e que pertencem a esses partidos, estão sendo discretamente engavetadas. 

Qual o futuro do Brasil?  Douglas, o universitário confuso, que diz que "tanto faz o governo", representa a parcela da populaçao que "entrega" sua cidadania e direitos a um governo que não conhece e sobre o qual nao tem opinião crítica. 
O que significa que a tentativa de manipular a informação e deformar os fatos, funcionou! Pelo menos para uma parcela da população que não busca fontes variadas de informação, contentando-se com a ´programação da tv e rádios como base de sua opinião. Nesse caso, fica mesmo sem saber nada, repetindo apenas o material manipulado.

Voltando para a primeira opinião, onde o distraido leitor pergunta se "não vê o impeachment" e o relatorio do Tribunal de Contas e por fim o Crime de Responsabilidade que poderia dar consistência a um afastamento, comprovamos a ausência da informação.

O processo de impeachment foi iniciado por um parlamentar corrupto, Eduardo Cunha, do PMDB ( já foi politico do PSDB) que aceitou um pedido duvidoso, que foi fartamente contestado por juristas de todo o pais. Vamos ratificar um fato real, nao ficticio: o teor do pedido de impeachment foi contestado por inúmeros juristas, em todo o país.

É preciso lembrar que nossas instituições precisam de análise firme e constante. Nossos poderes também. Executivo, Legislativo e Judiciário não estão imunes a erros e a infiltrações do partidarismo ou desses grupos de grande poder econômico. A Justiça se faz com a eterna vigilância e a liberdade para a critica.

Dizem que o maior artifício da direita para evitar constragimentos em torno de uma açao contestada, ou de uma pergunta ¨non grata", é sorrir e virar as costas, saindo rapidamente de cena.
Paulo Maluf era especializado nessas saidas, quando governador de Estado e acusado de corrupção. Alias o ministro nomeado pelo governo interino ou provisorio, Meirelles, também usou dessa tática em uma coletiva, quando viu que nao havia respostas para as perguntas dos jornalistas. 

Aparentemente, fazer "ouvidos moucos" e fingir que não ouviu nada, foi a tática da Câmara de Deputados, com grande numero de parlamentares também acusados de corrupção. Como se a ausência de elementos legais fosse sem importância, eles votaram o impeachment. No Senado o mesmo quadro repetiu-se: todos os argumentos jurídicos foram desprezados e uma imensa miscelânia de motivos foi usada para tentar justificar o impeachment.

Portanto, o impeachment foi votado na Camara e no Senado sem a real comprovação do crime de responsabilidade. Foi uma votação meramente politica, do tipo, "nos podemos, então vamos fazer isso e fim de papo". Portanto, foi um tipo de golpe branco, que é o golpe de Estado feito artificialmente, sob a capa de legalidade relativa. Não houve crime que justificasse o afastamento. Mas havia maioria de oposição no Congresso.

Por isso o mundo surpreendeu-se com a facilidade do golpe. E com a conivência da grande midia, que na verdade já pertence a politicos desde velhos golpes, nos anos 30, 50 e 60, que gradativamente foram se apossando das empresas jornalisticas, TV e rádio.

Serve qualquer governo? Um universitário falar assim, demonstra o tamanho do engano em que a sociedade brasileira afundou-se, com a falta de informação e a mamnipulação dos fatos pela midia. 


sexta-feira, maio 13, 2016

CONGRESSO BRASILEIRO E DEMOCRACIA RELATIVA

Discussão acirrada em torno do que seria democracia e os limites entre a autonomia dos poderes. Afinal, até que ponto um Congresso pode derrubar um governo, ou tornar essa açao legítima, em um regime presidencialista, com votação popular? Onde atuaria a ação do Poder Judiciário, de maneira a não favorecer ações ditatoriais ou imposições politicas da Câmara Federal e do Senado?

Democracia supõe direitos e deveres para os cidadãos, respeito à Constituição e às leis, clareza nas ações políticas, em consonância com os interesses do país e em beneficio da população.
É isso?
Certo, então teoricamente seria assim.

Então vem a pergunta: por que é tão difícil praticar a democracia e torna-la valida?

A resposta é muito fácil e pode ser resumida em uma frase: porque dos três poderes que regem o país, o mais importante para preservar a democracia é o Poder Judiciário!

O Executivo tem delimitada suas ações e o Legislativo deve observar a correta aplicação das leis e acompanhar o trabalho que administrara o pais, representando os anseios populares.
Representando os anseios populares, vamos frisar. O fato de um sujeito ser vereador, deputado ou senador, não lhe da o direito de fazer trabalho em beneficio próprio.

E o Judiciário? Bem, cabe ao Judiciário zelar pela aplicação da lei. Não da lei forjada pelos poderes Executivo ou Legislativo, mas de acordo com as determinações da Constituição do pais.
Ou seja, um magistrado deve estar acima de paixões pessoais ou opinião que se contraponha à lei. Portanto tem a função de estabelecer quando os poderes Executivo e Legislativo estão contrários a lei e a democracia.

Sem leis justas e respeitadas, um pais anda para trás. E deforma o quarto poder, aquele que forma opinião e direciona o povo: a imprensa!

A receita para dominar um pais esta nessa simples lógica: quando as leis não funcionam, os abusos sobre a legislação se multiplicam, criando textos legais que confundem os juristas.  E nessa confusão, basta um Legislativo comprometido com grupos que desejam benefícios contrários aos determinados pela Constituição, para que seja fortalecida a deturpação do quarto poder, ou seja, a posse da informação! E é ai, nesse ponto, que o novelo de leis se torna emaranhado, formando um bolo grotesco e cheio de nós, que inviabiliza a democracia.

Ai temos a tal democracia relativa!

Na "democracia relativa" temos um Judiciario confuso e inoperante, porque tem entre seus integrantes a pressão externa, que interfere na rígida aplicação das leis.
Na "democracia relativa" temos um Legislativo que se impõe não em defesa da lei e da Constituição, mas que se especializa em discursos que tem o objetivo de distorcer os textos da lei...o que equivale a tornar o que seria ilegal, legal, e o que seria legal, ilegal.
Nesse tipo de ambiente temos a dominação da mídia, ou seja, grupos de interesses comuns investem na estrutura de jornais, revistas, rádios e televisão, que tem objetivo dúbio: funcionam com o jornalismo natural, reportando fatos, mas usam o seu poder de mídia para dar respaldo aos interesses desses grupos, mesmo que as custas da omissão de fatos ou de sua manipulação.

Usar a estrutura criada para combate ao crime e a corrupção para mirar em adversários políticos, é sintoma de uma democracia inoperante. No entanto a tentativa de revalidar a democracia nessa estrutura de dominio do Poder Judiciario não funciona. É como roubar o lanche do colega na escola, para depois entrega-lo cheio de mordidas!

O grande desafio hoje e saber onde esta a verdade. Estava em grande aglomerados jornalísticos? Ou em blogs na internet? Talvez no seu jornal de bairro?

Nada disso! Imaginar que um grande e tradicional jornal não serve a tal democracia relativa, pode custar caro para a sua necessidade de informação. Ou achar que um blog traz maior segurança de informação, também leva a erros. Seu jornal de bairro pode ser um artificio para campanhas municipais. Assim como o jornal de seu município.

O que fazer então? Não ha alternativa para fugir a manipulação da informação?

Claro que há. A primeira regra é: nunca confie em uma única fonte de informação. Quem quer a verdade, precisa pesquisar. Jornais da televisão não são sempre corretos, e alguns são mesmo muito maliciosos, torcendo dados, omitindo outros e tornando uma realidade muito diferente, sob a ótica de interesses políticos e financeiros. Blogs podem ser feitos por jornalistas competentes, para levar a verdade que a grande mídia deforma. Mas justamente por isso, existem os blogs que tentam neutralizar esse esforço, levando informação errada para confundir o leitor.

No entanto, lendo mais fontes variadas, o cidadão ira perceber onde esta a verdadeira fonte de informação.

Enquanto houver liberdade para informar, enquanto o jornalismo puder fugir das limitações das redações dos grandes jornais, expondo os fatos e comentários na internet, ou em imprensa alternativa e livre,  haverá como saber onde esta a verdade.
Pelo menos por enquanto, a internet é livre. Aproveite a verdadeira liberdade e separe o joio do trigo. Nem sempre a melhor roupa veste o melhor ser humano. "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento". Despreze as informações que manipulam a verdade, nas mídias que usam grandes roupagens que cobrem bolor.

Boa sorte nessa empreitada.







sábado, maio 07, 2016

ENTENDENDO A POLITICA TUPINIQUIM

- Manhê!
- Estou aqui, não precisa berrar.
- Mãe, o que é impitiman?
-Impeachment! É um processo aberto com base em denúncia de crime de responsabilidade contra alta autoridade do poder Executivo, filhote. Quer dizer que prefeitos, governadores e até um presidente da República podem vir a sofrer esse tipo de impedimento, caso cometam um crime de responsabilidade.
- Quer dizer que a presidente da Republica cometeu crime?
-Não, meu anjo. Não cometeu crime de responsabilidade.
- Mas esses caras ai estão querendo tirar a presidente da presidência?
- Sim, meu bem. Estão.
-Mas eles podem?
- Não, meu amor, os deputados federais não podem fazer o que querem, precisam estar de acordo com as leis.
-O que é jurista?
- Jurista é a pessoa que estuda as leis. Advogados são juristas.
-Ah, bom! Mas ai nao entendi. O cara que queria tirar a presidente não é jurista?
- Sim, mas...
- Ele não entende de leis?
- Devia entender, mas...
- Então não sei o que é lei!
- Filhote, sei que você está confuso e tem razão. Legisladores de partidos de oposição ao governo ignorando as leis e até um jurista argumentando contra a lógica das leis. Mas isso se chama política.
-Ah! Quer dizer que politica é ignorar as leis?
-Não, não! Deixa eu pensar um pouco para fazer você entender...Politica não pode ignorar as leis, nem juristas podem distorcer as leis e a ética. Mas são pessoas que estão ferindo a Constituição.
-Mas porque as pessoas deixam essa gente malvada, que não respeita as leis e ignora o que é certo, continuarem nessa politica aí?
- Porque é preciso reunir provas e ter motivos concretos para tirar um parlamentar de seu cargo, uma vez que vivemos em uma democracia e eles receberam votos.
- Mas se eles não prestam, como é que conseguem votos?
- Porque é difícil saber quem presta e quem não presta na hora de votar. Fala-se muita mentira nas campanhas eleitorais.
- Ninguém sabe que eles mentem?
- Sabem sim. Todo mundo sabe que alguns mentem e mentem há décadas e décadas...
- Ah...Mas não entendo direito. Se todo mundo sabe que esses mentem, por que votam neles?
-Você já tomou banho? Está  na hora do almoço.
- Tomei banho, mãe! Por que esses que malvadinhos que mentem o tempo todo recebem voto das pessoas e continuam fazendo coisa errada?
- Ah, meu amor. Deixe ver se consigo resumir...bem, é porque eles contam com a televisão, revistas  e os jornais que ajudam nas mentiras. O povo fica confuso.
- O que? Jornais e revistas e tv mentem também?
- Sim, são ´pessoas que comandam essas empresas, e elas tem lá seus interesses também
-Quer dizer que a gente nunca sabe se é verdade ou mentira o que passam nos jornais da televisão e nas revistas e nas rádios e...puxa vida, quanta mentirada! E eu já fiquei sem meus jogos porque você e o papai me botaram de castigo, só porque, oooooh mãe, só´porque eu disse que a Taminha é que tinha comido o saco de chocolate inteiro!
- Bem, você acusou injustamente a sua irmã...Você comeu os chocolates, não foi?
- Tá bom, mãe. Mas esses  ai...
- Os parlamentares, você quer dizer?
- Sim, esses parlamentores ..
-- Parlamentares!
- Certo, esses malvadinhos, mentirosos e sem vergonha na cara...
- Eu nunca disse isso!
- Tá, mas o pai do Felipe disse ontem, quando conversava com os amigos dele na porta da escola! Falou que tinha muito deputado e politico sem vergonha, com rabo preso...
- Que palavras são essas?
- É verdade isso?
- Valei-me, Nossa Senhora!...É, infelizmente é verdade. Os mais desesperados para impedir o atual governo são justamente os que foram denunciados por corrupção. Como o presidente da Câmara FederaL, por exemplo.
-Uau, olha isso...Mãe, o presidente dos deputados..
- Presidente da Câmara, querido.
-...ele é acusado de corrupção?
- Sim.
- E está fazendo bagunça para tirar a presidente da presidência?
- É...
- Não dá para entender nada. Esse negócio é complicado demais! E quem deixa isso acontecer? Você falou que tem leis, né?
- Existem leis sim. Mas a Justiça funciona de maneira muito complicada!
- Por que aqui em casa não é assim?
- Assim como?
- Ah, com lei complicada, que não funciona! Eu podia até morder a orelha da Taminha, ela é uma chata! E faltar à escola, ver televisão no meio da noite...
-Bem...
- Eles não vão ser castigados?
- Quem?
- Eles, esses deputados que roubaram e queriam o impitiman...
- Impeachment!
- Pois então! Vão para a cadeia?
- Filhote, tá na hora do almoço, vamos lá!
- Mas vão ou não vão?

 Criança pergunta cada coisa!  (MM)





quinta-feira, abril 07, 2016

JORNALISTAS E JORNALISMO

O que e um jornalista? A pergunta foi feita por uma garotinha, na sala do ensino fundamental, durante  uma aula de português.
O professor, que havia argumentado que todas as profissões dependiam do aprendizado da gramática e da rotina da leitura,  com responsabilidade dobrada de domínio da língua culta para aqueles que pretendiam escrever,  escritores ou jornalistas, foi econômico em sua resposta: "Jornalista e o profissional que escreve em jornais".
Ah, que nada! Resposta errada!
Imagine se um jornalista pode ser definido como um "escritor" contratado por empresas que seriam jornalísticas ou pretendem ser representantes da imprensa!
Nada a ver, em uma sociedade onde qualquer um pode criar uma empresa jornalística, sem realmente comprometer-se com a verdadeira razão do jornalismo.
O jornalista independe de uma redação tradicional. Claro que as redações sempre cumpriram um um importante papel, de aprendizado das tarefas ou do exercício do aprendizado pratico da teoria da universidade. Mas é também nas redações da grande mídia que se aprende a distorcer o jornalismo.
Contradições do meio, nada a ver com jornalistas ou jornalismo, que acabam sendo vitimas desse processo de manipulação dos fatos.
Portanto, hoje, jornalista nao exerce sua funçāo apenas em jornais. Ou revistas, radio e TV.  Mais do que nunca o jornalista torna-se um profissional que exerce a sua funçāo de informar e levar analises dos fatos de maneira isenta, em outro ambiente, como a internet.
Qual a diferença entre o verdadeiro profissional de jornalismo e outros que, em um mesmo ambiente,  podem desinformar?
A diferença é ética e qualidade! Seja em jornais, seja na TV, seja na informaçāo digital, o leitor ira perceber a diferença através de uma mecânica muito simples: lendo diferentes fontes e descobrindo o verdadeiro jornalismo.
Nāo é tarefa fácil, mas também nada impossível.
Vale a pena descubrir, nessa massa de pessoas que falam, berram, escrevem e opinam, em jornais velhos ou novos, na televisão e nas rádios e principalmente, na internet, quais são os verdadeiros jornalistas, que primam pela ética e responsabilidade na informaçāo.
Feliz Dia do Jornalista, aos profissionais que fazem o verdadeiro jornalismo!

sexta-feira, março 04, 2016

OPERAÇÃO LAVA JATO NÃO LAVA BASE DA CORRUPÇÃO


Não são palavras minhas, mas de pessoas indignadas em grupos de sites de relacionamento, como o Facebook.
Mas afinal, quais as dúvidas nessa operação da Policia Federal de Curitiba, no Paraná?
Por que está causando estranheza e indignação, se o objetivo, teóricamente falando, é o combate à corrupção?
Vamos ver o que dizem as pessoas a respeito da Operação lava Jato de Curitiba:
"Assisti a  mais de uma coletiva da Policia Federal da Lava Jato  e não entendi nada! Todas as perguntas feitas são respondidas com "não podemos falar ainda", "não sabemos", "ainda está em investigação", "trata-se de uma suposição"! Se não tem ainda nenhuma prova concreta, por que fazem a coletiva?"

"(...)Muito estranha essa combinação das coletivas da Lava Jato com suposições apenas, nenhuma prova, enquanto reforçam a mídia da oposição que abrem manchetes que dão a entender que o presidente Lula estaria relacionado com a corrupção. Ainda por cima vem o senhor Aécio Neves, que foi denunciado e nunca foi chamado para depor, dizer que "finalmente a verdade vai aparecer"? Que verdade? A vergonha do Brasil nessa investigação onde ninguém sabe nada? Será que existe apenas a intenção de tentar prejudicar a candidatura de Lula e tudo não passa de uma orquestra de oposição? (...)"

"Os jornalistas perguntam, mas a Policia Federal de Curitiba não sabe nunca de nada, diz que oportunamente será  divulgado. Pra que coletiva?"

"Não sou petista, mas sou um cidadão atento. Votei no PT porque não aguentava a corrupção do PSDB, Dem, PMDB, PTB, PDT, enfim! Agora o que vejo? A Policia Federal do Paraná começa uma operação, essa Lava Jato, diz que o PT é responsável por toda essa roubalheira, mas não prende nenhum politico dos partidos que faziam essa corrupção? É só PT? Querem que eu acredite nisso?(...)É um desrespeito à inteligência do cidadão, querem influenciar os mais ignorantes(...)"

"(...) Ô gente! Eu ouvi direito ou a PF do paraná disse na TV que não tem obrigação de investigar a corrupção de outros partidos, só do PT ?"

O que pensam jornalistas, juristas e politicos a respeito?

"Uma espécie de armação, arquitetada com cuidado, mas desta vez a coisa saiu do controle porque tornou insofismável a ausência de instituições e mostrou que Lula cresce no meio da tempestade. O que Lula disse ontem tem muito valor. Mostra um homem sereno, mas ao mesmo tempo convencido de sua lisura e da possibilidade de voltar ao poder. Quanto à conspiração, quem não a enxerga, ou é néscio, ou está em má fé, ou tapa o sol com a peneira" (jornalista Mino Carta)

"Todas as pessoas que foram presas e indiciadas até agora estão ligadas ao governo federal, embora o caso seja mais amplo do que simplesmente a esfera do governo federal desses mandatos do PT. A gente já sabe que esses casos começaram a ocorrer no governo do PSDB, tem varios politicos da oposição envolvidos e nada aconteceu com eles até agora. Pode ser simplesmente uma b riga de gangues na politica brasileira ou pode ser de fato um momento importante de transformação. Isso vai depender muito do que acontecer daqui para frente (filosofo e professor da USP, Vladimir Safatle)



segunda-feira, janeiro 25, 2016

FÚRIA SOLAR

Certo, já ouvimos antes esse terror: e se a comunicação pela internet de repente pifar? Bem, se a rede cair, vai ser um problema, mas parece algo menos apocaliptico do que outra previsão mais ampla, que seria o aumento da atividade solar a ponto de interferir nos sistemas de comunicação e na distribuição de energia elétrica. Em 1989, uma tempestade solar causou problemas sérios na rede elétrica, no Canadá!
No ano passado a atividade solar aumentou em alguns períodos, afetando transmissões da TV a Cabo. A interferência solar pode acontecer com o sistema de TV, rádio, celular e ir adiante, embora falhas em radares e aparelhos usados por aviões estejam mais protegidos contra essa ação.
Imagine uma tormenta magnética, quanto estrago! Voltaríamos à idade da Pedra, ou quase isso, sem condições de comunicação, sem telefone, sem qualquer fonte de energia. Quanto tempo o sistema mundial poderia aguentar sem o funcionamento de máquinas, de transporte, de comunicação? (Mirna Monteiro)


quinta-feira, janeiro 21, 2016

A SAÚDE, OS MÉDICOS E O SISTEMA


Uma modalidade dos dedos de silicone, que permitem
gravar as digitais  dos médicos e outros funcionários que
fraudam a presença no trabalho
A cena impressionou todos que estavam presentes na sala de espera: o filho de um senhor, que passava mal enquanto aguardava por mais de 30 minutos o atendimento, levantou-se nervoso, abriu a porta do consultório pedindo atenção e quando recebeu a resposta de deveria "esperar ou ir embora", ele simplesmente deu um murro no médico.
Na confusão que se seguiu, o que mais se  ouvia, entre os que aguardavam, eram palavras de apoio ao agressor. "Tem médico que abusa mesmo".
Por que os médicos andam em risco, cada vez maior, de levar sopapos?
Mais graver ainda: o que leva um profissional da saúde, treinado para atender pessoas em situação de fragilidade fisica ou mental, a atitudes grosseiras e intimidadoras com pacientes?
A figura amiga, afável e preocupada do médico de família do século passado, não existe mais, reclamam as pessoas. Boa parte de profissionais credenciadas para o atendimento médico, estariam agindo como se não tivessem o domínio necessário para essa função, que, em resumo,exige confiança do paciente para ser bem sucedida.
As reclamações contra o novo "estilo de atendimento" de boa parte dos médicos não se resumem ao atendimento público ou a especialidades. Acontecem em hospitais e clinicas particulares, em clinicas de exames e laboratórios e envolvem também pessoal de suporte, como auxiliares de enfermagem e atendentes.
Em tempos de crise, parece que os profissionais da área da saúde não vão nada bem. A mercantilização da medicina, a partir do comercio das universidades, é fator de peso nessa decadência da qualidade no atendimento.
Entre as denúncias e reclamações, que nem sempre são formalizadas, estão a irritação dos profissionais no atendimento, o desleixo com diagnóstico e preparo para traduzir ao paciente o que pode estar acontecendo com seu organismo, a pressa no contato com o paciente, total ausência de empatia e até mesmo irritação e desprezo nesse contato.
Ao mesmo tempo, essa nova caracteristica de atendimento acaba tornando a procura muito maior, lotando ainda mais as salas de atendimento: os pacientes negligenciados ou dispensados sem diagnóstico ou tratamento adequados, acabam retornando, geralmente com piora dio quadro clinico.
Nos velhos tempos, culpava-se o sistema. Hoje a acusação de péssimo atendimento é contra o pessoal que trabalha, sem qualidade profissional.
No YouTube, cenas gravadas por pacientes e acompanhantes mostram cenas inacreditáveis, onde até ações criminosas, como desleixo e negligência, erro de medicação e até espancamento de pacientes, ficam comprovados.
Nos vídeos situaçoes bizarras, inacreditáveis, são exibidas: um médico espanca um paciente na UTI, que acaba falecendo. Em outro uma médica berra pelos corredores, ameaçando pacientes que reclamam da demora. Outra gravação mostra os pais desesperados, pedindo que uma pediatra atenda uma criança. A profissional recusa-se, irritada, aos berros.
Um dos vídeos mais bizarros mostra pessoas tentando desesperadamente transportar uma senhora que  parece desmaiada, após longa espera, no próprio  banco coletivo onde se encontra, tentando encaixa-lo dentro do consultório, onde o médico sequer levanta da cadeira.
É, as cenas são aterrorizantes.
As pessoas filmam as salas cada vez mais lotada, com pacientes em estado crítico aguardando há muito tempo, enquanto 4 médicos dormem na salinha de descanso.
Dormir, aliás, é um dos problemas, principalmente no atendimento público. Por que? A justificativa, não oficial, é claro, é a de que os médicos trabalham em jornadas seguidas. Por isso dormem em serviço!
Profissionais cansados, esgotados, constituem-se em risco para o cidadão que precisa de atendimento medico adequado. Os motivos não importam: esta profissão exige responsabilidade e ética, uma vez que lida com vidas humanas. Um erro pode ser fatal!
Mas a ética e a responsabilidade parecem coisa do passado também: dedos de silicone, com as digitais dos profissionais que deveriam estar presentes, são um artifício mais comum dos que a sociedade gostaria de admitir.
O problema dos "médicos fantasmas", aqueles que teoricamente estão trabalhando, mas na prática não estão fazendo atendimento, é um dos maiores desafios do Sistema Único de Saúde, o Sus, variando de gravidade conforme o Estado. Em São Paulo, as denúncias são muitas.
"O Sus é ruim porque os medicos desafiam a lei da física. Apesar de terem um único corpo, muitos médicos  ficam em dois, três ou quatro lugares ao mesmo tempo. Eles ganham do Sus, mas trabalham em clinicas e hospitais particulares" , ironiza o "Carta Campinas".
"A saúde no Brasil, em geral, é alvo de muitas queixas. Até mesmo para reclamar do atendimento, muitas vezes é difícil" , diz matéria publica por "O Globo", para justificar a tendência do "atendimento express", empresas que oferecem raio X ou check-up completo a baixo custo, em espaços montados em shoppings.
A categoria médica está perdendo a confiança da população e esse fato é um duro golpe para a medicina brasileira, que mostra grande evolução em pesquisas e procedimentos. Parte da responsabilidade, ou a maior responsabilidade, pertence ao próprio Conselho Federal  de Medicina e à leis maleáveis e pouco realístas, mantidas por nossos legisladores.
Enquanto isso, a alternativa encontrada pelo cidadão é a voz de prisão aos profissionais de medicina que rejeitam a ética e a responsabilidade. Profissionais que fecham as portas do atendimento de emergência à ambulâncias, ao Samu ou a unidade dos bombeiros, mandando "procurar outro hospital", que dormem em serviço apesar da fila de pacientes ou que simplesmente fazem "passo de tartaruga" no atendimento, recusam consultas ou que não mostram capacidade para diagnosticar e orientar pacientes.
Aliás, não é mais incomum a prisão de médicos que recusaram atendimento. Entre os casos está a de uma parturiente, recusada por uma médica e que acabou tendo um parto difícil na unidade móvel que a transportava, com a perda da vida do bebê, e outro caso, no Distrito Federal, onde o paciente que havia caido de um viaduto também morreu, depois de ter atendimento negado pelo médico.

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